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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

I'm like a bird, I'll only fly away
I don't know where my soul is, I don't know where my home is
(and baby, all I need for you to know is)
I'm like a bird, I'll only fly away
I don't know where my soul is, I don't know where my home is
(All I need for you to know is)


[Nelly Furtado, "I'm like a bird"]

domingo, 19 de setembro de 2010

"Onde há censura,
nasce a rebeldia,
Onde há rebeldia,
habita a censura.
Nesta noite desoladora,
desta horda de gente repugnante."
[Blade of the Immortal]

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"O homem branco, aquele que se diz civilizado, pisou duro não só na terra, mas na alma do meu povo, e os rios cresceram, e o mar se tornou mais salgado porque as lágrimas da minha gente foram muitas".



Cibae Ewororo - ou Lourenço Rondon, índio Bororó, de Mato Grosso.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Solidão

Quando se criam abismos entre fones-de-ouvidos, laptops, gosto musicais, problemas familiares, autores diferentes, opiniões diferentes, amigos iguais, graduações iguais, arrogância e muita dor - uma coisa quase óssea. Domingos perdidos, - "é dia de missa, é o dia de deus!" - sábados tristes, cabeças metidas contra parede por terceiras pessoas, daí existem também as verdades não ditas e as lágrimas que nunca se viu. Perdeu-se o caminho da ponte, - "perdeu-se o caminho da ponte, da ponte, do laço, da ponte!" - tudo que fica, tudo que ficou, - um eco de um amor passado - e saiu-se correndo da luz - "a luz nos matou!" - a luz assassina. Eu, somente eu. Queria você. Você não me quis. Queria eu. Sofri. Sofro. Suffering. A dor que se carrega é pesada demais para compartilhar, quando compartilhar torna a dor mais pesada. Eu nunca precisei de luz,- "sempre tive um sol desenhado do lado esquerdo do peito para não crescer nenhum baobá" - disse o pequeno príncipe para mim quando nos vimos pela última vez, em anos-carneiros. Dançava eu por entre os Cosmos, Thanatos dançava comigo. Fechei meus olhos.

sábado, 4 de setembro de 2010

Não fale de amor!

Querelas, parlengas poéticas!
Não me venha poemizar sobre amor
Não o admito a ninguém.


Adjetivos, hipérboles, extremunções!
Ao amor tudo é pouco, inalcançável,
imune à lágrimas e dragões.


Vergonha, desespero, sofrimento:
isto vem da racionalização do amor.
O amor é irracional, anti-razão:


porque se existem motivos demais para odiar;
para amar não se pode haver nenhum.