faltou luz e ela saiu pra rua, ia olhar o céu.
sem os postes de luz acesos, ela deslumbrava
o firmamento de maneira absoluta e voraz.
ela odiava o fato de que as luzes dos postes
obscurantavam o brilho do céu.
ela agora era só paz. ela agora era só céu.
tocando cada estrela com a mente, ela sorria
um sorriso enigmático, feito de pó de liberdade.
a luz voltara e sua melancolia, idem.
ela queria que a luz faltasse mais vezes...
mas, ela sabia que o preço do progresso
era a perda do céu para estrelas falsas
em hastes de metal e nuvens falsas,
cheia de gases letais para o pulmão e o
coração do ser humano.
(Thaynah Leal)
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