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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Crônica da agonia de um afã

Mudar o mundo, casar, comprar o pão, trabalhar, viver, ir à praia, viver; responsabilidade, morr e viv: (s)er.
Um ser humano acorda, acha que está bom. Ele toma café, poderia ter sido melhor.
Sai na rua, pega o ônibus que, milagrosamente não está lotado: pois, ele está saindo do centro da cidade para o subúrbio.
Ele reflete, mais uma vez. Ele é rico, mas, tenta ser uma coisa melhor.
Esse ser humano trabalha numa ONG, se vê bem lá. Se é lá.
Então, ele fica alegre lá, junto dos pobres, dos miseráveis, dos desdentados, dos piolhentos, dos imundos, "homens carangueijos", homens carangueijos.
Ele é capaz de amá-los. Não ama a modelo da revista.
Ele também não é Jesus, está com a Maria, mas também com a Madalena.
Não há bom sem defeito.
Está de noite, um momento de solidão:


Terá que dormir em um apartamento caro, com a tv de lcd porque... dinheiro é um grilhão.

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